O câncer de pulmão é, junto com o câncer de mama, o tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres, sendo responsável por milhares de óbitos todos os anos. Essa doença está geralmente associada ao tabagismo e à exposição a agentes químicos e poluentes ambientais. O câncer de pulmão pode ser diagnosticado pelo rastreamento em suas fases iniciais, no entanto é muitas vezes descoberto em estágios avançados, o que dificulta o tratamento e diminui as chances de cura.

Quem pode desenvolver o câncer de pulmão

Qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pulmão, independentemente de idade, gênero ou raça. No entanto, existem alguns fatores de risco conhecidos que podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão. Os principais fatores de risco incluem:

• Tabagismo: o consumo de tabaco é o principal fator de risco para o câncer de pulmão, responsável por cerca de 85% dos casos da doença.
• Exposição a substâncias químicas: a exposição a produtos químicos tóxicos, como amianto, arsênico, níquel, cromo e radônio, pode aumentar o risco de câncer de pulmão.
• Histórico familiar: pessoas com parentes de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) que tiveram câncer de pulmão têm maior risco de desenvolver a doença.
• Poluição do ar: o processo de urbanização trouxe consigo o progresso, mas também a exposição a altos níveis de poluição do ar, que é em grande parte causador de doenças respiratórias e pode aumentar o risco de câncer de pulmão.
• Doenças pulmonares crônicas: pessoas com doenças pulmonares crônicas, como enfisema e bronquite crônica, têm maior risco de desenvolver câncer de pulmão.
• Idade: o risco de câncer de pulmão aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos de idade.

A importância do diagnóstico precoce

O acompanhamento médico regular desempenha um papel fundamental na busca por um diagnóstico precoce de doenças, incluindo o câncer de pulmão. Ter um médico de confiança e realizar exames de rotina de maneira periódica permite identificar eventuais alterações e sinais precoces da doença.

No caso do câncer de pulmão, o diagnóstico precoce é crucial, pois a doença muitas vezes não apresenta sintomas em suas fases iniciais. Quando os sintomas surgem, como tosse persistente, falta de ar, dor no peito e perda de peso inexplicável, o câncer de pulmão geralmente já está em estágios mais avançados e o tratamento pode ser mais complexo.

Ao realizar consultas regulares e exames de imagem, como radiografias e tomografias de tórax, é possível identificar a presença de nódulos ou outras anormalidades nos pulmões. Essas descobertas podem levar a uma investigação mais aprofundada e ao diagnóstico precoce da doença, permitindo um tratamento imediato.

Sintomas do Câncer de Pulmão

O câncer de pulmão é uma doença que pode apresentar sintomas variados porém em muitos casos estes sintomas se manifestam em estágios avançados, por isso chamamos de inimigo silencioso. No entanto, é importante estar atento a certos sinais que podem indicar a presença da doença.

• A persistência de tosse crônica, que não melhora com o tempo, é um dos principais sintomas do câncer de pulmão.
• Falta de ar, especialmente durante atividades que antes não causavam desconforto, pode ser um indicativo da presença da doença.
• Rouquidão persistente e dor no peito também são sintomas comuns do câncer de pulmão.
• Perda de peso inexplicável, fadiga constante e falta de apetite podem ser sinais de alerta para a doença.
• Presença de sangue no catarro, infecções pulmonares recorrentes e inchaço dos gânglios linfáticos também podem estar relacionados ao câncer de pulmão.
• Dores de cabeça frequentes e desconforto no ombro, costas ou braços podem ser sintomas de metástase para outras partes do corpo.

É importante destacar que esses sintomas podem ter outras causas, mas se persistirem por mais de duas semanas, é recomendável procurar um médico para uma avaliação adequada. O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento eficaz do câncer de pulmão, por isso é fundamental estar atento aos sinais e sintomas mencionados.

Avanços da ciência

Com o avanço da ciência e da tecnologia, temos importantes ferramentas que podem ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de pulmão, mas para isso é essencial que a doença seja detectada precocemente, quando há chances significativamente maiores de um tratamento bem sucedido com o paciente. Nesse contexto, iniciativas como o rastreamento de câncer de pulmão têm ganhado destaque, uma vez que permite a identificação de lesões pulmonares antes mesmo do surgimento dos sintomas.

O rastreamento do câncer de pulmão pode ajudar a detectar a doença em estágios iniciais. Isso é feito por meio de exame de tomografia computadorizada de baixa dose, em pessoas que têm maior risco de desenvolver a doença. Quando o câncer de pulmão é detectado precocemente, as opções de tratamento e as chances de sucesso são maiores.

O que é e quando fazer o rastreamento de câncer de pulmão

O rastreamento de câncer de pulmão é um exame que tem como objetivo detectar a doença em estágios iniciais, quando ainda não há sintomas ou quando eles são pouco expressivos. O exame mais utilizado para o rastreamento é a tomografia computadorizada de baixa dose (TCBD), que utiliza uma quantidade menor de radiação do que a tomografia convencional.

Para se submeter ao rastreamento de câncer de pulmão, é necessário que o paciente esteja dentro do grupo de risco, ou seja, aqueles que têm maior probabilidade de desenvolver a doença. Entre os fatores de risco para o câncer de pulmão estão o tabagismo, a exposição à fumaça de cigarro, a idade avançada, a exposição a substâncias químicas, entre outros.

O rastreamento de câncer de pulmão é recomendado para pessoas consideradas de alto risco para a doença, ou seja, aquelas com idade entre 55 e 80 anos, que têm histórico de tabagismo de longa data e que continuam fumando ou pararam de fumar há menos de 15 anos. Pessoas que tenham sido expostas a outros fatores de risco, como a exposição a radônio ou a substâncias químicas, também podem ser consideradas para o rastreamento.

Além disso, o diagnóstico precoce do câncer de pulmão pode evitar a necessidade de procedimentos invasivos e mais agressivos, como cirurgias mais extensas ou tratamentos com quimioterapia e radioterapia em doses mais altas. Em muitos casos, o diagnóstico precoce também pode ajudar a preservar a função pulmonar, reduzir o risco de complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Benefícios para a saúde

O acompanhamento médico regular, o diagnóstico precoce do câncer de pulmão e o rastreamento da doença trazem diversos benefícios para o paciente. Identificar a doença precocemente permite o início imediato do tratamento, aumentando as chances de cura. O diagnóstico precoce está relacionado a uma maior sobrevida, já que aumenta a possibilidade de sucesso no tratamento, antes do avanço para estágios mais avançados da doença.

O acompanhamento médico regular também permite um monitoramento mais próximo da saúde pulmonar, identificando alterações e possibilitando uma abordagem imediata. Essa abordagem precoce preserva a função pulmonar, reduzindo os efeitos colaterais do tratamento e melhorando a qualidade de vida. Além disso, o acompanhamento médico proporciona acesso a recursos e suporte à uma melhor qualidade de vida do paciente.