O rastreamento ou screening é o exame realizado em pessoas saudáveis (não apresentam os sintomas da doença) visando alguma alteração suspeita que indiquem necessidade de investigação diagnóstica complementar.
O câncer de pulmão (CP) possui algumas características que o tornam apropriado para o rastreamento, como a alta morbidade e mortalidade, além de uma prevalência alta em populações de alto risco (fumantes).
Tanto a sobrevida como a mortalidade por CP estão diretamente relacionadas ao tratamento precoce, exaltando ainda mais a importância dos diagnósticos em fase inicial da doença.
Historicamente, as tentativas de rastreamento eram feitas por radiografias de tórax e citologia do escarro, no entanto, sem determinar redução da mortalidade por CP.
Em 2002, o maior estudo nesse sentido – National Lung Screening Trial (NLST), realizado nos Estados Unidos, concluiu, em resumo, que o rastreamento anual feito com tomografia de tórax com baixa dosagem de radiação foi capaz de reduzir a mortalidade por CP em 20% nos pacientes de alto risco. Desta forma, desde 2013 a United States Preventive Services Task Force (entidade americana especializada em prevenção e medicina baseada em evidência) emitiu recomendação grau B* para esta abordagem.
*Alta evidência de benefício moderado na abordagem
https://www.uspreventiveservicestaskforce.org/Page/Document/UpdateSummaryFinal/lung-cancer-screening
Homens e mulheres com idade entre 55 e 80 anos de idade, com histórico de tabagismo importante* e que não tenham parado de fumar a um período superior a 15 anos.
*igual ou maior a 30 anos/maço.
O consumo de tabaco e seus derivados é ...